Publicado por Redação em Dental - 14/01/2015

Inglês recupera parte da visão com implante de dente

Parece coisa de filme, mas acredite, é possível, em alguns casos, que uma pessoa que esteja cega recupere parte da sua visão a partir do fragmento de um dente. Essa possibilidade foi exposta para o mundo pelo canal britânico BBC que produziu um documentário sobre um homem de 43 anos que recuperou parte da visão depois de passar por um implante de córnea artificial feita a partir de um dente.
Ian Tibbetts contou que teve a córnea destruída e ficou cego depois que sofreu um acidente de trabalho. A partir daí, recorreu a vários tratamentos para recuperar a visão, mas todos foram em vão. Até que resolveu tentar o inovador procedimento Osteo-Odonto-Queratoprótese (OOKP) em um hospital da Inglaterra.

“Esse procedimento, ainda inédito em muitos países, deve servir como último recurso para tentar fazer o paciente recuperar a visão ou parte dela. Ele só deve ser considerado em organismos que já rejeitaram transplantes de córneas”, diz o oftalmologista Johannes Abdouni.
Como é possível?
Para realizar essa cirurgia (que durou meses) foi preciso dividi-la em duas partes. Primeiro os médicos extraíam um dente (o canino) e uma parte do maxilar de Tibbetts e o recortaram até conseguirem obter as dimensões parecidas com a de uma córnea. Em seguida, foi feito um pequeno furo para colocarem uma lente com uma broca dentro dele.

Feito isso, esse dente (em forma de córnea) com a lente foi colocado embaixo de um dos olhos do britânico e lá ficou por meses para que ele permanecesse vascularizado e criasse todos os tecidos necessários para a próxima etapa. “A escolha de colocar esse fragmento de dente dentro do olho foi uma opção para que, mais para frente, a rejeição do organismo pudesse ser menor”, diz Johannes.

Por fim, os médicos removeram a córnea danificada do britânico e colocaram o dente-lente no centro do olho, alinhado com a retina. Como Johannes disse, por ter sido criado a partir de tecidos do próprio paciente, o risco de rejeição ficou bem pequeno. Depois desse procedimento, Tibbetts recuperou cerca de 40% da visão, e os médicos acreditam que o quadro dele deva melhorar ainda mais com o tempo.

Cada dia mais comum
Embora ainda bastante raro (somente cerca de 600 cirurgias foram realizadas até hoje no mundo), esse procedimento não é tão novo assim. Ele foi criado na Itália em 1963 e, ao longo dos anos, foi se tornando mais conhecido principalmente em países da Europa e Ásia.“Eu não tenho conhecimento desta prática aqui no Brasil, pois acredito que não haja estudos científicos que garantam sua eficácia, sendo ainda um procedimento um pouco ousado”, diz Johannes.

Fonte:saude.terra.com.br


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