Publicado por Redação em Previdência Corporate - 22/04/2013

Previdência privada como investimento

A previdência privada representa um reserva estratégica de recursos para o futuro. Além disso, é uma opção de investimento de longo prazo para quem não tem tempo ou disciplina para administrar as aplicações financeiras

Além de servir como complemento à aposentadoria, os planos de previdência privada podem ser uma boa opção de investimento para quem não tem tempo ou disciplina para administrar suas aplicações financeiras com regularidade e que pode esperar no mínimo dez anos para fazer o resgate. Cada vez mais, o brasileiro tem utilizado a previdência complementar como uma maneira de diversificar investimentos.
 
Em 2012, esse mercado arrecadou R$ 70,4 bilhões, o que representou um crescimento de 31,54% em relação a 2011, de acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Foi a maior expansão desde 2004, quando o crescimento em relação ao ano anterior foi de 28,49%.
 
Assim como em qualquer fundo de investimento, a rentabilidade de um plano de previdência depende exclusivamente do perfil do investidor, que pode optar por um plano agressivo, com maior exposição em renda variável (ações ou multimercados), ou por um plano mais conservador, com maior exposição em renda fixa, como os títulos públicos.
 
Oferecido por bancos e seguradoras esse tipo de investimento visa garantir uma renda extra para quem quer manter o nível de vida quando deixar de receber salário formal. No entanto, não é preciso esperar a chegada da aposentadoria para resgatar o montante aplicado. A principal vantagem de usar a previdência privada como forma investimento é a alíquota de Imposto de Renda cobrada (ou sobre os rendimentos ou sobre valor aplicado).
 
Assim, a recomendação de especialistas é que o consumidor espere pelo menos dez anos para fazer o resgate. Pois, como a alíquota de IR sobre o rendimento é regressiva, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será o imposto devido ao Leão.
 
Por exemplo, quem deixa o dinheiro por até dois anos na previdência complementar terá de pagar 35% de IR, ao passo que em um fundo de renda fixa (para uma aplicação de 1 a 2 anos) o Fisco fica com 17,5%. Em compensação, a alíquota de IR para aplicações acima de dez anos é de 10% para previdência privada e de 15% para qualquer outro tipo de investimento.
 
“A previdência privada como investimento só se torna vantajosa, e de fato é um bom investimento, a partir do décimo ano de aplicação”, diz Rossano Oltramari, analista-chefe e um dos fundadores da XP Investimentos. “Essa é a única forma de se tornar um bom investimento”.
 
Como os planos de previdência privada obrigam o beneficiário a depositar uma determinada quantia mensalmente, Oltramari os vê como uma boa opção de investimento para quem não tem a disciplina necessária para gerir suas finanças. “Para quem não tem disciplina, vale à pena, é uma boa opção”, ele diz. “Mas, hoje existem muitos produtos com isenção fiscal. E se a pessoa é disciplinada, há alternativas”.
 
Cuidados na hora de contratar
 
Na hora de aderir a um plano de previdência complementar o consumidor deve estar atento para não ser induzido ao erro pela instituição financeira. Para vender seus produtos, há vendedores que chegam a dizer ao cliente que o dinheiro aplicado na previdência privada não estaria sujeito a um bloqueio judicial, o que de fato ocorre com a previdência pública.
 
Há até quem recorra à Justiça pedindo que os valores depositados em um plano de previdência privada não seja alvo de penhora. No entanto, já existe hoje uma farta jurisprudência, em Tribunais de todo o país, que negam o pleito de quem busca driblar a Justiça com esse tipo de manobra. Portanto, não há a garantia de impenhorabilidade.
 
Fonte: www.opovo.com.br

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