Publicado por Redação em Notícias Gerais - 07/10/2011

Para IBGE, alta do dólar não impactou inflação em setembro

A apreciação do dólar em setembro não impactou a inflação apurada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no mês, que subiu 0,53% em relação a agosto, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A afirmação é da coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Segundo ela, existe uma defasagem entre o aumento do dólar no mercado financeiro e a economia real, uma vez que as empresas possuem estoques e contratos firmados com o câmbio antigo, em um patamar inferior ao atual.

Eulina acrescentou ainda que, embora a valorização da moeda americana já tenha pressionado para cima a inflação do atacado, conforme a alta de 0,75% do IGP-DI de setembro, para impactar negativamente o varejo, a variação cambial precisará ser repassada pelos comerciantes aos consumidores.

"Isso vai depender da demanda, de como o comerciante vai conseguir colocar o produto dele em um novo preço, dado o seu faturamento", disse.

Segundo avaliação da especialista, o efeito imediato da alta do dólar em relação ao real "geralmente" acontece no grupo alimentos, o que não ocorreu em setembro, apesar de o grupamento, que também inclui bebidas, ter subido 0,64% no período, depois de um aumento de 0,72% em agosto.

A alta dos alimentos em setembro, afirmou Eulina, decorreu de entressafra, maior demanda e quebra de safras, como as de cana-de-açúcar. Mesmo o aumento nos preços das passagens aéreas, 23,40% mais altos em setembro na comparação com agosto, não foram influenciados pelo câmbio, disse ela.

Segundo Eulina, os efeitos de demanda por transporte aéreo são muito mais fortes que o aumento do dólar. "As passagens aéreas tem uma forma diferenciada de cobrança. Dependendo da demanda, as empresas retiram as tarifas mais baratas e disponibilizam as mais caras. O mês de setembro teve feriado e Rock in Rio, o que fez com que os preços de passagem se elevassem", disse.

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 07.10.11


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