Publicado por Redação em Previdência Corporate - 26/01/2011

Juros futuros fecharam em alta, refletindo aumento no ritmo inflacionário

SÃO PAULO - Os principais contratos de juros futuros fecharam esta quarta-feira (26) com tendência de alta no mercado futuro da BM&F, principalmente nos contratos de longo prazo, avaliando o resultado do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que novamente abre espaço para as discussões acerca da pressão inflacionária no País.

O volume total de crédito do sistema financeiro nacional alcançou R$ 1,703 trilhão em dezembro deste ano, o que representa um crescimento de 1,6% em relação ao apurado em novembro e um avanço de 20,5% na passagem de 2009 para 2010. Segundo a Nota de Política Monetária divulgada pelo Banco Central, a participação do volume de crédito sobre o PIB (Produto Interno Bruto) passou de 44,4% em dezembro de 2009 para 46,6% no mesmo período de 2010. Em novembro deste ano, a parcela havia sido de 46,3%.

Efeito de políticas macroprudenciais?
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou que  o ritmo de crescimento mais ameno observado em dezembro e a queda das concessões de crédito observada nos números parciais de janeiro já refletem as medidas macroprudenciais adotadas pela autoridade monetária. Para Lopes, a expectativa é de que essa tendência seja mantida e que o impacto continue a ser sentido no crédito.

Vale lembrar que as medidas tomadas pelo governo visavam conter o aquecimento do consumo e do crédito, visto que no final de 2010 os índices de inflação começaram a preocupar. Além disso, com a recente elevação da taxa de juros para 11,25% ao ano, as concessões devem sentir o impacto, recuando ainda mais.

Até o dia 12 de janeiro, a média diária das concessões de crédito livre havia caído 8%. A média das pessoas físicas teve recuo de 3,5% e a das pessoas jurídicas, baixa de 11,3%.

Inflação preocupa
Em linha com as expectativas de aumento da pressão inflacionária na economia brasileira, o IPCA-15, que serve como uma espécie de prévia do IPCA, registrou taxa de 0,76% em janeiro, ficando acima das projeções do mercado. A expectativa era de deterioração, em resposta à recente elevação na taxa básica de juros, mas o resultado decepcionante pode revelar problemas mais estruturais para a tendência de alta dos preços.

O resultado indica uma alta de 0,07 ponto percentual na passagem mensal do índice. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia), essa variação foi impulsionada principalmente pelo preços dos grupos Transportes e Habitação, embora o grupo Alimentação continue com bastante peso no resultado global.

Repercutindo esses dados, os consultores da LCA projetam que o IPCA fechado de janeiro aponte taxa entre 0,80% e 0,85%, sem expectativa de nova redução relevante no grupo Alimentação e com perspectiva de mais pressão advinda do grupo Transportes.

Contrato de fevereiro de 2011 fechou com taxa de 11,14%
O contrato de juros de maior liquidez nesta quarta-feira, com vencimento em fevereiro de 2011, registrou uma taxa de 11,14%, 0,01 ponto percentual abaixo do fechamento de segunda-feira.

A seguir confira o fechamento das taxas dos principais contratos de DI futuro na BM&F:



Fonte: web.infomoney.com.br | 26.01.11


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