Publicado por Redação em Notícias Gerais - 01/10/2012

Governo gasta só 10% de pacote para estimular economia

Três meses depois de lançar em caráter emergencial seu pacote de compras de máquinas e equipamentos, o governo mantém intocada a maior parte da verba prometida para acelerar investimentos e reanimar a economia.

Dos R$ 6,8 bilhões anunciados em junho para elevar o volume de encomendas para a indústria nacional neste ano, pouco mais de 10% começaram a ser utilizados.

Até o último dia 25, segundo levantamento feito pela Folha, apenas R$ 727 milhões haviam passado pela primeira etapa formal do gasto orçamentário, chamada no jargão técnico de empenho. Antes do empenho do dinheiro, os ministérios não podem contratar os fornecedores.

O programa prevê aquisições de artigos tão diversos quanto móveis escolares, motocicletas para a polícia rodoviária, vagões de trem, ambulâncias e veículos blindados para o Exército.

Como ampliam a capacidade de prestação de serviços, compras do gênero são classificadas, ao lado das obras de infraestrutura, como investimentos -modalidade de despesa que o governo Dilma Rousseff tem tido dificuldade em elevar.

Esse tipo de gasto depende de planejamento, análise de projetos e licitações, o que geralmente torna sua condução mais lenta.

Ainda assim, o pacote das máquinas mostra desempenhos muito diferentes entre órgãos e ações.

 

  Editoria de Arte/Folhapress  
COMPRAS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ANDAM DEVAGAR Utilização de recursos extras para estimular os investimentos, em R$ milhões

EMPENHO

O Ministério da Saúde, por exemplo já empenhou quase 40% da verba destinada à compra de ambulâncias e furgões para atendimento odontológico, enquanto as pastas do Desenvolvimento Agrário, das Cidades, da Justiça e da Integração Nacional não saíram do zero.

Na Defesa, foram utilizados 90% do dinheiro reservado à Marinha e apenas 16% do programado para o Exército; a primeira, no entanto, conta com pouco mais de R$ 100 milhões, ante R$ 1,3 bilhão do segundo.

Desde o anúncio das medidas, R$ 1,7 bilhão -ou um quarto do total adicionado ao Orçamento- segue provisoriamente mantido nas contas do Planejamento, à espera do detalhamento de seu uso.

Os desembolsos efetivos, como é óbvio, são ainda menores: apenas R$ 74 milhões, cerca de um décimo dos valores empenhados, já deixaram os cofres federais.

Os pagamentos realizados se limitam a repasses da Educação a Estados e municípios, para melhorias no ensino básico, e obras emergenciais do Ministério dos Transportes em rodovias e hidrovias.

CALAMIDADE PÚBLICA

Quando ampliou as verbas disponíveis para as compras, o governo Dilma recorreu a uma medida provisória, alegando haver urgência na liberação do dinheiro.

Segundo a Constituição, tal expediente só deve ser empregado para "atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública".

Fonte: Folha


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Brasil tem o pior déficit na balança comercial no semestre em 18 anos

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,394 bilhões (cerca de R$ 4,6 bilhões) em junho, acumulando no primeiro semeste saldo negativo de US$ 3 bilhões

Notícias Gerais, por Redação

Será difícil ganhar dinheiro sem assumir riscos, afirma Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a redução dos custos dos investimentos e de capital no país, por meio de cortes nos juros, tende a canalizar recursos não mais para financiar a dívida pública, mas sim para a atividade produtiva.

Notícias Gerais, por Redação

Ibovespa opera em alta, na expectativa de que UE firme acordo de resgate ao bancos

Após uma alta modesta na sessão anterior, o Ibovespa começou bem o pregão desta terça-feira (5), registrando valorização de 0,75% por volta das 10h20 (horário de Brasília), atingindo 53.818 pontos.

Notícias Gerais, por Redação

Pequenos investidores não sairão da poupança tão cedo, mas há boas alternativas

Os pequenos investidores não sairão correndo da caderneta de poupança apenas por conta da mudança na rentabilidade que entrou em vigor no último dia 4, na opinião de especialistas em investimentos.

Notícias Gerais, por Redação

IR: mudou de emprego durante 2011? Saiba como declarar a renda obtida no ano

Caso você tenha mudado de emprego durante o ano passado, você deve informar as duas empresas como fontes pagadoras em sua declaração de Imposto de Renda ano-base 2011.

Deixe seu Comentário:

=