Publicado por Redação em Notícias Gerais - 22/09/2011

G20 precisa retomar cooperação para combater crise, diz chefe do FMI

Em um momento em que crescem os riscos à economia mundial, a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse nesta quinta-feira, em Washington, que os países do G20 (grupo das maiores economias avançadas e emergentes, do qual o Brasil faz parte) precisam retomar seu espírito de cooperação.

"Eu acho que o que está faltando hoje, e que eu espero que seja retomado, é o ímpeto coletivo e o espírito que eu vi, por exemplo, na cúpula do G20 em Londres", disse Lagarde, ao referir-se à reunião realizada em 2009, no auge da crise econômica mundial.

"Aquele foi um momento em que todos os líderes se uniram. Eu espero que possa acontecer novamente."

Lagarde fez as declarações ao presidir pela primeira vez a reunião anual do FMI e do Banco Mundial, que ocorre até sábado na capital americana, e também no dia em que ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 estão reunidos em Washington.

INCERTEZAS

As declarações ocorrem dois dias depois de o FMI lançar seu mais recente relatório com perspectivas para a economia mundial, no qual reduziu para baixo as projeções de crescimento globais, diante de um aumento das incertezas sobre a recuperação.

Lagarde voltou a dizer que a economia mundial está entrando em uma "fase perigosa".

"A recuperação que era esperada se enfraqueceu, e é claramente um risco que vemos de uma perspectiva econômica e também de uma perspectiva social, porque com menos crescimento nós também vemos menos empregos", afirmou.

Os problemas globais são alimentados pela crise de dívida e deficit em países europeus, que vem deteriorando a confiança dos mercados, e pela lenta recuperação nos Estados Unidos, onde a divisão política tem dificultado as negociações para uma solução de médio prazo aos problemas econômicos.

MARGEM DE MANOBRA

Ao comparar a situação da economia global em 2008 - quando a quebra do banco Lehman Brothers desencadeou a fase mais aguda da crise - com o cenário atual, Lagarde disse que naquela época havia mais espaço para recuperação, com maior margem de manobra para apoiar o sistema financeiro mundial.

"Não há tanta munição agora", afirmou.

Em um dia de nervosismo ao redor do mundo, com quedas nas bolsas provocadas principalmente pelas perspectivas pessimistas do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) sobre a recuperação da economia americana, Lagarde disse que as ações do FMI não são determinadas pelas oscilações do mercado.

"Nossa ação, nossa análise e nossas propostas de políticas não são ditadas pela variação diária da Dow Jones, Nasdaq, CAC ou DAX", disse, em referência a alguns dos principais índices de EUA, França e Alemanha. "Nós realmente tentamos olhar para os fundamentos das economias."

Fonte: www1.folha.uol.com.br | 22.09.11
 


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Especialistas em mudanças climáticas fazem novo diagnóstico alarmante

Documento reforçará o apelo por limitar a 2ºC a elevação das temperaturas; relatório evidencia culpa do homem na situação que o planeta enfrenta

Notícias Gerais, por Redação

Prévia da inflação sobe 0,27% em setembro e fica abaixo de 6% em um ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,27% em setembro, ante alta de 0,16% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (20).

Notícias Gerais, por Redação

'Prévia' do PIB aponta alta de 1,29% em janeiro, a maior desde 2008

O nível de atividade econômica do país iniciou o ano de 2013 em alta, contra dezembro do ano passado, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (15) pelo Banco Central.

Notícias Gerais, por Redação

Segurados do INSS que recebem acima do piso têm até terça para sacar o benefício

Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem acima do piso previdenciário - um salário mínimo ou R$ 678

Notícias Gerais, por Redação

Superavit de fevereiro tem melhor resultado para o mês desde 2001

O superavit primário (economia para o pagamento de parte dos juros da dívida pública) do setor público alcançou R$ 9,5 bilhões em fevereiro, melhor resultado para o mês desde 2001, quando começa a série, divulgou nesta sexta-feira o Banco Central.

Notícias Gerais, por Redação

Brasileiro em NY gasta R$ 773 ao dia, o dobro da média

Os brasileiros que visitam Nova York gastam, por dia, duas vezes o valor que os turistas costumam desembolsar nas visitas à cidade, segundo o NYC & Company, órgão oficial para o marketing do turismo na cidade.

Deixe seu Comentário:

=