Publicado por Redação em Notícias Gerais - 09/09/2013

Enade tira USP do topo da graduação

Primeira colocada no ranking geral do RUF e dona de alguns dos cursos mais cobiçados do país, a USP perdeu para as federais UFRGS e UFMG no indicador de ensino.

A desvantagem da universidade estadual paulista pode ser explicada por uma decisão metodológica desta edição 2013: a inclusão do Enade, exame nacional do MEC, como critério para avaliar cursos de graduação.

A USP é a única escola do país que até este ano se recusava a participar da prova, escorada no argumento das deficiências do exame, que não permite, por exemplo, identificar se uma nota baixa é reflexo de boicote do aluno.

Parte da sociedade, porém, encarava a decisão como uma recusa da universidade a se submeter a avaliações comparativas.

Sem o Enade, a USP perdeu de largada dois pontos. Como sua diferença em relação à líder de ensino, UFRGS, foi de 1,07 ponto, ela provavelmente assumiria a ponta também nesse indicador, caso tivesse feito a prova.

Um dado reforça essa possibilidade. A estadual paulista ficou à frente das duas federais nos outros três subindicadores de ensino (opinião dos avaliadores do Inep-MEC, docentes com doutorado e com dedicação integral).

A inclusão do Enade no RUF atende o objetivo de valorizar a participação das universidades numa avaliação nacional e padronizada dos estudantes.

O entendimento é que a prova federal, criada em 2004 e feita anualmente por cerca de 500 mil formandos, pode dar informações pertinentes sobre a qualidade da formação nas instituições.

No mês passado, a USP anunciou a adesão em caráter experimental, mas suas notas não serão divulgadas ao menos nos próximos três anos. Os alunos também poderão faltar ao teste, sem qualquer punição -nas federais e particulares obrigadas por lei a fazer o exame, os ausentes não conseguem tirar o diploma.

A pró-reitoria de graduação diz que "reconhece o Enade como indicador de qualidade", mas aguarda aprimoramentos para aderir a ele integralmente.

A entrada tardia no exame federal atrapalhou também a Unicamp, que começou a participar apenas em 2010 e não tem notas em todos os cursos. A escola de Campinas ficou em 7º no ensino.
discrepância

A complexidade do RUF traz uma situação que pode parecer contraditória. A USP é 3ª colocada no indicador geral de ensino, mas é a universidade com o maior número de cursos em primeiro lugar (sete).

Para o Datafolha, que tabulou dos dados, isso pode ocorrer porque a nota geral leva em conta todos os cursos das 192 universidades, e não apenas as 30 carreiras avaliadas individualmente no RUF. Assim, alguns dos outros 219 cursos oferecidos pela USP podem perder pontos para concorrentes, como as federais de Minas e do Rio Grande do Sul.

AS LÍDERES

Primeira colocada no ranking das graduações, a UFRGS afirma que a universidade foi impulsionada pela contratação, nos últimos cinco anos, de 750 professores, que se somaram aos então 2.000 docentes, como parte do programa de expansão das universidades federais, iniciado em 2007 -95% dos novos educadores têm titulação de doutor.

"Ganhamos em vitalidade e em novas ideias. Os recém-contratados se aliaram a um corpo docente já consolidado", afirma o reitor Carlos Alexandre Netto.

A UFMG diz que seu ponto forte é a integração de ensino e pesquisa. O reitor Clélio Campolina Diniz cita como exemplo um acordo recém-fechado com a Fiat para desenvolvimento dos motores a álcool usados nos veículos da montadora. Os estudantes poderão participar do projeto.

Fonte: UOL


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