Publicado por Redação em Notícias Gerais - 16/05/2011

Dívida da Samcil chega a R$ 330 milhões

Após vender carteira do plano de saúde, operadora tenta negociar seus sete hospitais em São Paulo

A Samcil - operadora paulista de plano de saúde que há duas semanas repassou sua carteira de clientes para a GreenLine - está vendendo todos os seus sete hospitais a fim de liquidar as dívidas que somam cerca de R$ 330 milhões.

Nesse montante, estão incluídos os débitos com bancos, fornecedores, além dos passivos tributários e trabalhistas, segundo José Roberto Mazetto, advogado da Samcil.

Dos sete hospitais à venda, seis estão como garantia de empréstimos bancários de cerca de R$ 180 milhões, que representam a maior fatia do débito total. A dívida foi contraída pela Samcil e os hospitais estão reunidos em uma empresa com outro CNPJ.

"Nossa expectativa é levantar entre R$ 200 milhões e R$ 450 milhões com a venda dos hospitais e, assim, pagar as dívidas", disse Mazetto. A diferença de valor ocorre porque existe a possibilidade de se vender apenas os imóveis ou os hospitais com os equipamentos médicos. Todos estão fechados ao público.

Segundo Mazetto, há vários interessados, mas nenhum deles ainda fez uma proposta firme. Entre os interessados estão convênios médicos e outros grupos hospitalares. O hospital que está gerando maior procura é o Panamericano, localizado em Alto de Pinheiros, região nobre de São Paulo com poucos hospitais.

Segundo o Valor apurou, representantes da Rede D'Or / São Luiz, Albert Einstein e da Amil já visitaram os hospitais da Samcil, em especial o Panamericano. Procuradas pela reportagem, as empresas informaram que não comentam rumores de mercado.

Além da venda dos hospitais, a Samcil está contabilizando outras duas fontes de receitas. Uma delas é a venda das carteiras de clientes da Samcil, com 193 mil beneficiários, e da Serma - plano de saúde comprado em 2008 e que tinha 87 mil vidas. Ambas as carteiras foram repassadas há duas semanas para a GreenLine. "O valor da venda foi entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões, que serão pagos a prazo. Ainda não recebemos nada", explicou.

De acordo com Mazetto, os recursos da Peona (provisão que as operadoras são obrigadas a ter para pagamentos de procedimentos médicos) também serão usados pagar os débitos. "A Peona é de R$ 25 milhões, sendo que R$ 12 milhões são da Samcil e a outra parte é da Serma", complementou o advogado.

Fundada há 50 anos, a Samcil começou a apresentar graves problemas financeiros nos últimos anos. Até 2008, a operadora se posicionava como consolidadora do setor e chegou a efetivar cinco aquisições há três anos. Porém, no próprio ano de 2008, a operadora encerrou com prejuízo de R$ 16 milhões e de R$ 40 milhões em 2009. No mês passado, o médico e fundador da Samcil, Luiz Roberto Silveira Pinto, foi encontrado morto em seu escritório. A polícia registrou o caso como suicídio.

Fonte: www.skweb.com.br | 16.05.11


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