Publicado por Redação em Notícias Gerais - 21/07/2014

Brasileiro está com mais dívidas e mais contas atrasadas

O comprometimento financeiro das famílias de mais de 10% da renda com compras a prazo subiu de 27,4% para 29,8% no mesmo período Thinkstock

Os sinais de desaceleração do mercado de trabalho, a antecipação de compras a prazo devido ao aproveitamento do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) reduzido, a alta da inflação e as taxas de juros mais elevadas, têm motivado os consumidores a se endividarem.

Contudo, eles não estão conseguindo pagar suas contas, aponta Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV/IBRE. Em junho, 11,4% dos consumidores ouvidos estão com dívidas atrasadas há mais 30 dias.

De acordo com o quesito especial sobre comprometimento e endividamento da renda das famílias brasileiras, entre junho de 2012 a junho de 2013, essa taxa havia se mantido estável, em 9%.

Além disso, apesar de o montante da renda com compras parceladas ter registrado um aumento mais tímido de 59,2% para 60,7% entre junho de 2013 a junho de 2014 , o comprometimento financeiro das famílias teve alta superior a 10% da renda com compras a prazo, de 27,4% para 29,8% no mesmo período.

Ao separar os consumidores por faixa de renda, percebe-se que a situação é pior para aqueles com menor poder aquisitivo (renda familiar mensal até R$ 2.100): 20% deles estão com pagamentos em atraso, o maior nível dos últimos dois anos, enquanto apenas 2,7% dos consumidores mais ricos (acima de R$ 9.600) estão na mesma condição.

Viviane explica que pessoas com mais baixos rendimentos possuem menor margem de renda disponível mensalmente, sendo, portanto, mais afetadas pelos preços de produtos e serviços.

Dessa forma, embora tenha ocorrido uma atenuação da pressão de preços de alimentos nos dois últimos meses, é possível que esses preços ainda estejam retirando uma parcela maior que o normal da renda disponível dessas pessoas. Além disso, com taxas mais altas de juros, o custo da dívida acaba se tornando mais alto e mais difícil de renegociar.

Os números corroboram a tendência mostrada pelo Banco Central sobre o crescimento da inadimplência. Nos últimos 90 dias até maio, o indicador do BC subiu a 6,7%, depois de se manter em 6,5% nos três meses anteriores.

 

Fonte: R7 Notícias - São Paulo/SP - NOTÍCIAS - 21/07/2014 - 00:15:00


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