Publicado por Redação em Previdência Corporate - 28/11/2014

Previdência ganha recursos de outras aplicações

A familiarização da população com os produtos de previdência, a forte investida das seguradoras e as vantagens oferecidas, como benefício fiscal e tributação favorável, que lhe dão importantes ganhos no longo prazo, estão fazendo com que os fundos de previdência privada abocanhem uma parcela dos recursos aplicados nas demais modalidades.

De acordo com os dados divulgados pela Associação Nacional dos Bancos de Investimentos, no período de 2001 a 2005, a categoria foi a que mais recebeu aportes de recursos. A captação líquida (descontado o rendimento das aplicações) somou R$ 32,22 bilhões, superando todas as modalidades existentes entre os fundos. Já os demais tipos sofreram resgates líquidos de R$ 20 bilhões no mesmo período.

Ou seja, muitos podem ter sacado de outras aplicações, como referenciados DI, para aportar recursos visando a aposentadoria. É claro que a arrancada também se deve ao pequeno prazo de instituição da nova modalidade. Assim, o crescimento é bem superior às modalidades antigas. Mesmo comportamento experimentam os Fundos de Direitos Creditórios (FIDC). Mas, sem dúvida, há vantagens. Como ressaltamos em notas anteriores, a previdência pode superar a previsão de rendimento dos fundos tradicionais, de renda fixa e DI, e a poupança em um prazo longo.

Esse crescimento pode ser ainda maior, dada a perspectiva de expansão econômica continuada e a possível nova reforma da previdência social, tendo em vista o elevado déficit do sistema. A informalidade também contribui para o avanço da previdência privada, já que muitos não contribuem para o INSS e precisam encontrar formas de garantir a manutenção do padrão de vida de sua família na aposentadoria.

As vantagens da tributação regressiva, instituída no ano passado, e a ausência de imposto durante a fase de acumulação elevam o ganho em relação aos fundos tradicionais. Estima-se que a partir do sexto ano, a reserva acumulada na previdência começa a superar a quantia dos fundos. A partir daí a diferença só tende a crescer, podendo superar em 30% o total acumulado no prazo de 30 anos.

Já com relação à poupança, por conta do juro maior, o saldo acumulado em um plano de previdência pode ser o dobro do registrado na poupança, no mesmo período. Na poupança não há cobrança de imposto sobre o rendimento, mas o retorno é substancialmente inferior ao oferecido pelos fundos de previdência, por conta do redutor que incide sobre a Taxa Referencial (TR). Para se ter uma idéia, enquanto o CDI, referência para os planos de aposentadoria de renda fixa, subiu 19,15% em 2005, a poupança rendeu apenas 9,2%. Ou seja, o dinheiro aplicado na previdência rendeu muito mais do que os recursos investidos na poupança. Este ano, a Selic deve atingir 16%, na média, enquanto a poupança deve cair para cerca de 8%.

Fonte: www.terra.com.br


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