Publicado por Redação em Previdência Corporate - 23/02/2011

Mesmo com novas prévias de inflação desacelerando, DIs sobem

Apesar da desaceleração inflacionária mostrada pelas novas prévias da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o mercado de juros futuros passou por ajustes para cima nesta quarta-feira. Na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho deste ano fechou com taxa anual de 12,04%, ante 11,99% do ajuste anterior. O DI de janeiro de 2013, o mais líquido, projetou juro de 12,73%, contra 12,68% da véspera.
 
Segundo analistas, a elevação na curva de juros futuros reflete a preocupação com as tensões no Norte da África e no Oriente Médio. Investidores operam preocupados diante dos receios de propagação dos problemas para outros países e também como as regiões em conflito são grandes produtoras de petróleo e os preços do insumo estão disparando, os agentes temem uma maior inflação global. Cabe frizar que o preço do petróleo disparou e atingiu um nível maior do que 2008, durante a crise do sub-prime.
 
O sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, avalia que a alta do preço do petróleo pressiona as commodities, o que acaba pressionando a inflação mundial, no entanto, os desdobramentos da luta pela democracia no Norte da África e Oriente Médio colocam um grande ponto de interrogação no processo de retomada econômica em curso e isso significa menos aperto monetário.
 
Para Petrassi, o efeito externo nos juros futuros é neutro, mas fatores como proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), expectativa pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a notícia de que governo voltou a adiar o anúncio dos cortes no Orçamento, com previsão de que ocorra no início da próxima semana, também geram cautela, pressionando a curva de juros futuro para cima.
 
Logo pela manhã, os agentes financeiros receberam o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que desacelerou para 0,70% na terceira quadrissemana de fevereiro, inferior aos 0,95% da segunda quadrissemana. O dado veio abaixo da mediana das expectativas do mercado.
 
Já o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou queda para 0,61%, na terceira quadrissemana de fevereiro, contra 0,82% da segunda. Esta foi a menor taxa desde a quarta semana de outubro de 2010, quando o índice registrou variação de 0,59%.
 
Ainda de acordo com a FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) subiu para 0,39% no mês de fevereiro, contra taxa de 0,37% reportada no mês anterior.
 
Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação Seade, revelaram que a taxa de desemprego do conjunto de sete regiões metropolitanas cresceu ligeiramente, ao passar de 10,1%, em dezembro, para os atuais 10,4% em janeiro.
 
Vale ressaltar que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) confirmou a divulgação dos números do Caged de janeiro para amanhã às 11h00. A LCA projeta geração líquida de 101,1 mil postos de trabalho.
 
Fonte: www.investimentosenoticias.com.br | 23.02.11

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