Publicado por Redação em Previdência Corporate - 03/06/2013

Jovens viram alvo da previdência privada com alta da empregabilidade

Busca pela seguridade privada aumentou no primeiro trimestre do ano. Em algumas empresas, a participação na faixa etária até 40 anos chega a 65%.

Mais preocupados com o futuro, os jovens têm se tornado o principal nicho das empresas de previdência privada no Amazonas, ajudando o mercado a arrecadar R$ 94,5 milhões em receita, apenas no primeiro trimestre de 2013. Em algumas empresas, a participação de pessoas na faixa etária até 40 anos chega a 65%.
 
Na avaliação do presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Osvaldo do Nascimento, a entrada dos jovens nesse tipo de produto é fruto de uma mudança no comportamento da sociedade, principalmente em quem está começando a construir o patrimônio agora.
 
“É uma mudança gradual de comportamento que estamos percebendo nas novas gerações. A medida que se passa a ter perspectiva futura, o jovem começa a se preocupar em formar uma poupança a longo prazo”, ressaltou.
 
Mesmo com o aumento do número de adesões aos planos, a fatia do Amazonas nesse segmento ainda é tímida, com apenas 0,5% de participação em relação ao mercado brasileiro, que arrecadou R$ 18,9 bilhões no mesmo período.
 
Para o presidente da Fenaprevi, a melhora na situação econômica do Estado, assim como a da empregabilidade, são fatores que caminham juntos para o crescimento do mercado de previdência no Amazonas.
 
“A formação de poupança de longo prazo tem como pré-requisito a estabilidade econômica e inflação sob controle, ligadas à responsabilidade fiscal do governo. Outro elemento importante é o atendimento da população às suas necessidades básicas, como assistência médica, alimentação e educação”, salientou.
 
Nascimento completa que à medida em que as pessoas estão empregadas, elas já reúnem condições para investir em previdência, mas planejamento é a palavra de ordem.
 
“As pessoas que adquirem plano de previdência não são necessariamente as que possuem mais dinheiro, mas sim mais disciplina. A primeira coisa é estipular por quanto tempo e qual o valor se pretende economizar todos os meses”, completou.
 
Líder de mercado em receita, a BrasilPrevi, corrobora com seus dados a preocupação do poupador local com o futuro, ao apontar que 47% dos clientes optam pela tabela regressiva, o que mostra uma visão de longo prazo.
 
O gerente de Inteligência de Mercado da Brasilprevi, Sandro Bonfim, também destaca a participação dos jovens no mercado na região. “Observa-se que a maioria dos clientes da região é jovem; 63,7% têm até 40 anos de idade, o que atesta que o brasileiro está cada vez mais consciente da importância de poupar recursos para o longo prazo e faz isso cada vez mais cedo”.
 
Idade média dos clientes está em queda
 
Conforme a Fenaprevi, a idade média dos participantes de planos de previdência privada vem caindo nos últimos anos, e passou de 40 anos em 2008 para 35 em 2012.
 
Outro dado que chama a atenção na pesquisa feita pela Brasilprevi é a representatividade dos planos destinados a crianças e adolescentes na região. Segundo o levantamento, 48% são destinados ao público ‘júnior’.
 
“Uma pesquisa realizada pela companhia atestou que a grande parcela dos compradores destes planos pensa, principalmente, na garantia da educação da criança”, afirma Bonfim.
 
O presidente da Fenaprevi conclui que os produtos de previdência para os ‘pequenos’ precisam ser pensados pelos familiares. “O ideal é o pai fazer (um plano de previdência) para o filho assim que ele nasce. Quanto antes começar e mais disciplinada for a pessoa, mais patrimônio ela vai criar”, disse.
 
Conforme a BrasilPrevI, o reflexo da evolução da economia no mercado de previdência privada também pode ser atestado quando avalia-se o tíquete médio destes planos. Na companhia, o Amazonas tem média mensal de aportes no valor de R$ 236 milhões, que aumentou 11% no ano passado.
 
“Na Região Norte, em especial no Amazonas, preponderam os planos de contribuição mensal. De certa forma são regiões cuja participação do PIB (Produto Interno Bruto) é menor, por isso esse tipo maior de investimento”, concluiu o presidente da Fenaprevi.
 
A BrasilPrevI, subsidiária do Banco do Brasil, possui 58% dos planos contratados na modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), com representatividade das mulheres de 46%. “A proporção de homens e mulheres nestes planos está cada vez mais equilibrada”, explica.
 
Fonte: www.d24am.com

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