Publicado por Redação em Notícias Gerais - 13/04/2015

Irritação com corrupção foi motivação para a maioria

O impeachment da presidente Dilma Rousseff conta com o apoio de 77% das 100 mil pessoasque estiveram neste domingo (12) na avenida Paulista, mas nem metade deles acha que ela seria afastada. É o que mostra a pesquisa Datafolha realizada durante a manifestação.

Ainda assim, só 13% dos manifestantes saíram de casa com a intenção de pedir o impeachment da presidente. O motivo mais citado por eles para ir à Paulista foi indignação com a corrupção, apontado por 33% dos entrevistados. Um em cada dez pessoas estava lá para protestar contra o PT.

Mais de 60% dos manifestantes disseram que estavam repetindo a dose, já que estiveram também no protesto do dia 15 de março. O perfil do público que participou dos dois eventos é muito parecido, a não ser pela grande presença de pessoas mais velhas no ato de ontem.

De acordo com o Datafolha, 41% do público presente tinha mais de 51 anos. É o dobro do que se viu na manifestação de março. Maria Luiza Lima, 77 anos, esteve nas duas acompanhada pela filha e disse que volta se houver uma terceira.

Moradoras da Vila Carrão, na Zona Leste, pegaram ônibus e metrô para participar do protesto. "Sou eleitora, quero continuar votando e para isso é preciso limpar a política", diz Maria Luiza.

Boa parte dos manifestantes deste domingo apareceram em família e havia também muitos casais. Muitos vestiam camisetas da seleção brasileira de futebol e outras peças de roupas amarelas.

Muitas exibiam faixas amarelas na cabeça com a inscrição "Fora Dilma", que podiam ser compradas por R$ 5 dos camelôs. Questionados pelo Datafolha, 96% deles consideram o governo Dilma ruim ou péssimo.

A presença de pessoas que vieram de outras cidades também aumentou, de 13% em março para 17% neste domingo. Foi o caso da psicóloga Sueli Santos, de 56 anos, que veio de Vinhedo para participar da manifestação. "A revolta está nessa corrupção, nesse desgoverno do PT. Chegou a hora de dar um grito", afirmou.

Quase 80% dos manifestantes têm ensino superior, 35% trabalham com carteira assinada e 41% ganham acima de 10 salários-mínimos. No segundo turno da última eleição presidencial, 83% declaram ter votado em Aécio Neves (PSDB) e só 3% em Dilma.

Apesar disso, 95% afirmaram não serem filiados a nenhum partido e.

Dos manifestantes, 74% sabem que o vice-presidente assumiria o governo em caso de afastamento de Dilma, sendo que 90% sabem que o vice é Michel Temer (PMDB).

A grande maioria, 86% preferem a democracia a uma ditadura, regime que é apoiado por apenas 9% dos que estiveram na Paulista. Para 3%, tanto faz democracia ou ditadura.

A esquerda era minoria entre os manifestantes da Paulista, com apensas 7%. A maioria, 34%, disse ser de centro, 20% de centro-direita e 26% de direita.

O Datafolha entrevistou 1.320 pessoas na região da Paulista, entre 12 horas e 18 horas. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Portal Folha Online


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Inflação oficial desacelera para 0,60% em fevereiro, mostra IBGE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, por ser usado como base para as metas do governo, desacelerou para 0,60% em fevereiro, sobre 0,86% em janeiro, segundo informou nesta sexta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Notícias Gerais, por Redação

Governo negocia com servidores de agências na 5ª-feira

Os servidores das agências reguladoras, em greve desde segunda-feira, terão uma reunião com o governo na quinta-feira, às 20 horas, na sede do Ministério do Planejamento.

Notícias Gerais, por Redação

Ibovespa opera em alta, no aguardo de boas notícias vindas da Zona do Euro

Após amargar perdas na véspera, o Ibovespa tenta se recuperar nesta manhã e opera em alta de 0,83%, aos 54.450 pontos. Sem indicadores relevantes na agenda doméstica, a atenção dos investidores recai sobre o desdobramento da crise na Europa.

Notícias Gerais, por Redação

Dilma veta venda de remédios em supermercados

A presidente Dilma Rousseff proibiu a venda de remédios que não precisam de prescrição médica em supermercados, armazéns, empórios, lojas de conveniência e estabelecimentos similares.

Deixe seu Comentário:

=