Publicado por Redação em Dental - 19/03/2015

Clareador dental só poderá ser vendido com receita de dentista

 

 

Produtos terão tarja vermelha e a informação: 'venda sob prescrição'.
Uso inadequado pode agravar problemas na gengiva e nos ossos.

A partir de agora, a compra de clareadores dentais só poderá ser feita com prescrição de dentistas. A nova regra foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada e deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

A regra vale para produtos que contenham uma concentração maior do que 3% de peróxido de hidrogênio ou peróxido de carbamida. De acordo com Claudio Miyake, presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), a maioria dos produtos que se apresentam como clareadores dentais se enquadra nesse perfil.

“Quando o produto é específico para clareamento, via de regra, o porcentual dessas substâncias é maior. Existem pastas dentais e enxaguatórios que até podem ter esses produtos na composição, mas que não chegam a atingir esse porcentual”, diz Miyake.

Esses produtos deverão ter tarja vermelha e, em sua embalagem, a informação: “venda sob prescrição odontológica”. A publicidade desses produtos também deve trazer essa informação.

O objetivo da nova resolução – que foi resultado de uma proposta feita pelo Crosp e outras entidades da área de odontologia – é evitar possíveis efeitos colaterais resultantes do uso inadequado desses produtos. “Em pessoas que possuem doenças periodontais, na gengiva ou nos ossos de suporte do dente, o uso pode agravar esses problemas.”

Quem usa prótese ou tem restaurações na boca também deve ter cuidados especiais. Além disso, os produtos podem aumentar a sensibilidade dos dentes e provocar problemas na língua e nos lábios, caso o uso for inadequado.

Vendas irregulares
A iniciativa de pedir a regulamentação da venda desses produtos foi motivada inicialmente pela observação de que produtos irregulares e sem registro na Anvisa estavam sendo vendidos pela internet com o objetivo de clarear os dentes.

“O objetivo não é a proibição, muito menos a eliminação dos produtos vendidos nas farmácias. Mas que, ao comprar o produto, a pessoa tenha tido a orientação de quando pode e quando não pode usar. Do jeito como estava, alguém poderia ir ao supermercado, comprar e começar a usar”, observa Miyake.

Fonte: Portal G1


Posts relacionados

Dental, por Redação

Assistência odontológica no SUS aumenta 15 vezes

Com o Brasil Sorridente, quantidade de atendimentos salta de 10 milhões para 150 milhões de pessoas. Cobertura populacional do programa cresce 400%. Avanços são apresentados no Dia Nacional da Saúde Bucal e do Cirurgião Dentista

Dental, por Redação

Ações por um futuro livre de cárie já se tornam realidade na América Latina

Líderes mundiais em saúde bucal se reuniram na semana em que se inicia um dos mais importantes congressos da área odontológica - realizado plea International Association for Dental Research (IADR) -

Dental, por Redação

Bebidas energéticas e isotônicas: perigo para os dentes

A investigação, realizada na Universidade de Southern Illinois, demonstra que os elevados níveis de acidez destas bebidas promove a desmineralização do esmalte dentário de forma generalizada.

Dental, por Redação

Bactérias da placa dental podem provocar coágulos sanguíneos

Bactérias bucais que entram na corrente sanguínea são capazes de causar coágulos sanguíneos e iniciar uma infecção do revestimento interno do coração, dizem pesquisadores do Colégio Real de Cirurgiões da Irlanda e da Universidade de Bristol.

Deixe seu Comentário:

=